Arquitetura

Grandes nomes da Arquitetura: a história de Antoni Gaudí

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A história de Antoni Gaudí é marcada por liberdade e ideias revolucionárias na arquitetura modernista. Suas obras ganharam reconhecimento mundial, levando-o a ser considerado como um talento incomparável a outros de sua época.

Revolução, inovação e até um pouco de excentricidade são palavras-chave no estilo de Gaudí. Quer conhecer mais sobre esse prodígio e surpreendente arquiteto espanhol? Então, acompanhe o post de hoje sobre os Grandes nomes da Arquitetura!

Vamos apresentar a história de Antoni Gaudí, suas principais obras e a importância do arquiteto para o universo da construção civil. Confira!

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A história de Antoni Gaudí

Antoni Gaudí y Cornet nasceu em Catalunha, na Espanha, em junho de 1852. Aos 17 anos de idade, mudou-se para Barcelona. No ano de 1873, começou a fazer o curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes, que depois passou a se chamar Escola de Arquitetura da Universidade de Barcelona.

Graduou-se em 1878, ano em que conheceu um de seus mecenas, o conde Eusebi Güel. Desde as primeiras obras de Antoni Gaudí, é possível notar detalhes precisos, traços geométricos e emprego de conceitos mecânicos para o cálculo estrutural.

No início da carreira, Gaudí misturava o estilo vitoriano com o mourisco ou mudéjar. Trata-se de uma combinação da arquitetura muçulmana e a cristã, com uso de pedras, tijolos, cerâmicas de cores vivas e estruturas de metal.

Posteriormente, o arquiteto começou a experimentar novos estilos arquitetônicos, como o gótico, o barroco e o art noveau. A partir de 1902, Gaudí assumiu um estilo único e original, chamado de Arquitetura Equilibrada. O arquiteto desenvolveu projetos sem suportes internos ou externos, com estruturas que se “equilibram” e se apoiam em si mesmas.

Vale ressaltar que as soluções arquitetônicas de Gaudí eram fortemente baseadas na natureza – o que conferiu importante marca em seu estilo. Além disso, a liberdade das formas, a expressividade das misturas de cores e texturas e a complexidade da geometria eram constantes em suas obras.

Antoni Gaudí também teve um período de fervoroso nacionalismo catalão. Posteriormente, devotou-se à religião, tendo passado grande parte de sua vida dedicando-se à construção de sua famosa obra: a Sagrada Família. Morreu em Barcelona, em junho de 1926, com 75 anos de idade. Atropelado por um bonde, o arquiteto não resistiu aos ferimentos.

As principais obras do arquiteto espanhol

As obras de Antoni Gaudí são dotadas de profunda originalidade, revelando um estilo autêntico, único e individual. A maior parte de suas obras se encontra em Barcelona. Além da paixão pela arquitetura, Gaudí transparece em suas obras outras duas grandes marcas: a natureza e a religião.

Conheça algumas das principais obras de sua longa lista de projetos, a seguir!

Templo Expiatório da Sagrada Família

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A obra, com sua arquitetura modernista, representa a identidade da capital catalã. É um dos templos mais conhecidos e visitados na Espanha, e também um dos projetos mais famosos de Gaudí. Ainda assim, a obra-prima ficou inacabada antes de sua morte.

La Pedrera

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Como o nome sugere, a Casa Milá – mais conhecida como La Pedrera – tem um estilo pétreo e rústico. O prédio modernista foi projetado por Gaudí de 1906 a 1912.

Casa Batlló

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Edifício marcado pelo modernismo catalão, a Casa Batlló é considerada patrimônio mundial da UNESCO.

A importância de Gaudí para a construção civil

Como vimos, Antoni Gaudí criou uma linguagem e um estilo incomparáveis. Sua marca de individualidade é um dos aspectos que mais chamam a atenção em suas obras, tornando sua arquitetura um trabalho mágico e fantástico.

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Para isso, um elemento fundamental nos projetos de Gaudí é o amor. Como o arquiteto pregava, primeiro, é preciso o amor; e depois, a técnica. Com isso, a história de Antoni Gaudí tem mais do que um ensinamento bonito para oferecer, mas algo profundo e essencial. Ainda que a racionalidade e a técnica sejam necessárias, o amor não pode se dissociar da vida e do trabalho de um profissional.

Além disso, apesar de toda a sua autenticidade – e até um quê de excentricidade, para alguns –, Gaudí também ensina que o original não se desvincula do simples. Que a inovação não se faz sem olhar de volta para as raízes. E que o ato criativo da arquitetura deve sempre mirar na natureza: a maior e mais harmoniosa obra já criada.

É com essa noção que as obras de Gaudí parecem ser parte do ambiente natural, e não um elemento externo. Além disso, mais que técnica e cálculo, o universo da construção civil tem a aprender com Antoni Gaudí que há outros fatores essenciais a serem considerados. O inusitado exige também amor, imaginação e, quem sabe, até um pouco de loucura.