
A WEG aceitou o desafio tecnológico de fabricar componentes para o maior equipamento científico já produzido no Brasil. O Projeto Sirius será a nova máquina aceleradora de elétrons a velocidades próximas da luz, que irá produzir uma nova fonte de luz intensa com alto poder de penetração. Como um gigantesco microscópio, o acelerador produz a chamada luz “síncrotron”, que os cientistas utilizam para desvendar a estrutura atômica de materiais.
Desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Sirius faz parte da terceira geração dessas máquinas e será uma das melhores fontes de luz síncrotron do mundo.
A WEG irá produzir os eletroímãs do acelerador, que guiam a trajetória dos elétrons. A qualidade de fabricação destes componentes é fundamental para que o Sirius consiga atingir a performance projetada de uma das melhores maquinas do mundo.
De acordo com o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS, esse tipo de parceria gera impactos variados para as empresas. “Para uma grande companhia, a interação é vantajosa porque envolve suas equipes em desafios sofisticados e ela se credencia como fornecedora no mercado de aceleradores”, explica.
Orçado em R$ 650 milhões, o Sirius será financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com agências de fomento e outras instituições.
A WEG foi a primeira parceira consolidada para o fornecimento de componentes. A assinatura do protocolo de Cooperação entre o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a companhia, ocorreu em 28 de junho no workshop “Parcerias Sirius”, que apresentou os desafios tecnológicos da construção a 50 empresas.
“A fabricação dos eletroímãs é um desafio para a WEG, já que eles não são produtos habituais da linha de produção. Sempre fomos movidos por desafios na área tecnológica e nossos engenheiros estão muito motivados em desenvolver esta solução aqui no Brasil“, afirma Antônio Cesar da Silva, diretor de Marketing e Relações Institucionais da companhia.