Em tempos de escassez de recursos para financiamento de novas indústrias (greenfields), o retrofit é uma excelente alternativa para o setor de cogeração de energia. O retrofit consiste na modernização, recuperação, repotencialização de um equipamento ou conjunto. Em alguns casos a solução é a substituição completa por tecnologias de maior eficiência. Este processo possibilita iniciar a exportação do excedente de energia elétrica, podendo chegar em até 75 kW/Ton cana, aumenta a confiabilidade operacional dos equipamentos, a eficiência do ciclo térmico da usina e pode preparar a caldeira para outros tipos de biomassa.

Com o intuito de produzir mais energia elétrica e aumentar a receita, uma unidade do estado de Minas Gerais, está realizando o retrofit em sua indústria, aumentando em 10% a exportação de energia elétrica. Antes do retrofit, a usina tinha um índice de 59,17 kW/ton cana, após o retrofit este índice chegará a 69,23 kW/ton cana. Neste caso, o retrofit consistiu na troca de uma turbogerador de contrapressão com tecnologia de ação de 25MW/h, por uma turbogerador de contrapressão com tecnologia de reação de 37MW/h.

Considerando uma usina com moagem anual de 3 milhões de toneladas:

Tabela comparativa Retrofit TGM

 

Como pode ser observado, o Retrofit é um processo altamente rentável, uma vez que obteve-se um incremento de aproximadamente R$ 5,8 milhões na receita com venda de energia, ou seja, um crescimento de 17,26%. Além de apresentar valores de CAPEX bem menores comparados aos novos projetos (greenfields), o payback é muito rápido. Ou seja, o retrofit é um processo altamente rentável.

No atual cenário econômico brasileiro, as indústrias buscam alternativas rentáveis para diminuir custos operacionais e maximizar as receitas para tornar a operação viável e o retrofit tem se mostrado uma excelente alternativa.