A preparação do Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 está gerando mudanças na infraestrutura das cidades brasileiras, que buscam alternativas para melhorar a mobilidade urbana, reduzir a emissão de poluentes, trazer qualidade de vida aos moradores e conforto aos turistas que irão participar dos eventos mundiais. Uma das alternativas escolhidas por parte das cidades-sede da Copa do Mundo é a implantação de corredores exclusivos de ônibus BRT (Bus Rapid Transit). A seu favor estão os custos moderados e a implantação rápida, pode ser feita em até 2 anos.

O sistema de corredor exclusivo de ônibus BRT São Mateus – Jabaquara (corredor ABD), em São Paulo, tem sido referência para representantes das cidades-sede. Destaque para a visita de Alexandre Sansão, secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro/RJ, que projeta quatro corredores BRT para a capital carioca até 2016. Durante a visita o secretário conheceu os detalhes das tecnologias de ônibus híbrido e elétrico (trólebus) utilizados pela Metra, empresa paulista operadora do corredor metropolitano. Os trólebus e ônibus híbridos têm a vantagem de ser mais silenciosos, além de emitir menos poluentes, trazendo satisfação aos passageiros e funcionários.

Para a implantação dos trólebus e ônibus híbridos, a Metra utiliza, desde 2010, sistemas de tração WEG microprocessado, ou seja, utiliza motor de corrente alternada acionado por inversor de frequência modelo CFW-09, versão block, especial para a aplicação em tração elétrica em veículos pesados. A solução WEG conta com alto conteúdo e alta tecnologia nacionais.

De acordo com Fabrizio Braga, diretor da Metra, os trólebus de corrente contínua circulam há anos com muita confiabilidade. Porém, os motores de corrente alternada fabricados pela WEG, pela inovação tecnológica e robustez, têm demonstrado ótimo desempenho na aplicação veicular. “A alta tecnologia do inversor de tração WEG permite rápidos diagnósticos e agilidade na manutenção. Os resultados são bastante satisfatórios, e o atendimento de pós-venda está se adaptando rapidamente às necessidades da operação de transporte urbano, que exige agilidade e disponibilidade da frota. A parceria estabelecida com a WEG é muito positiva”, garante Braga. Como a Metra considera importante investir em tecnologia nacional, esse fator também foi considerado na escolha do sistema da WEG, empresa brasileira sediada em Jaraguá do Sul/SC.

Rogério Ferraz, analista de vendas, lembra que a WEG apoia o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o transporte público e tem fornecido à Metra sistemas de tração para trólebus padron 12m e trólebus articulado 18m, além de ter participado com a Eletra (empresa do grupo Metra) em vários projetos importantes de trólebus e ônibus híbridos. “O cliente pode contar com o compromisso WEG de desenvolvimento contínuo da solução, além de contar com a melhor condição de financiamento graças ao alto conteúdo nacional. Tanto o motor de corrente alternada de tração, quanto o inversor de tração CFW-09 podem ser adquiridos pelo FINAME”, lembra Ferraz.

Atualmente estão em operação na Metra três trólebus de 12m e dois trólebus articulados de 18m com motores e inversores da WEG. Além deles, estão em processo de fabricação mais quatro trólebus articulados (piso alto), um trólebus de 15m e um articulado. Com piso baixo, os dois últimos serão lançados no mercado como top de linha no que se refere à tecnologia embarcada. “Nossa expectativa é de adquirir, para o primeiro semestre de 2012, mais 50 trólebus com motores e inversores WEG”, projeta Fabrizio Braga.

Está em fase de instalação na Eletra um sistema WEG para um trólebus de15m. A Eletra também foi a parceira na integração do sistema de tração WEG do ônibus hibrido a etanol adquirido pela Hidrelétrica de Itaipu, além de ter sido responsável pela integração de sistemas de tração WEG em trólebus da operadora Himalaia, da capital paulista.

Corredor exclusivo de ônibus BRT São Mateus – Jabaquara
O Corredor ABD, entre São Mateus (zona Leste de São Paulo) e Jabaquara (zona Sul da capital paulista), passando pelas cidades de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema é operado pela Metra. O serviço conta com uma ligação entre a cidade de Diadema (ABC Paulista) e a estação Berrini da CPTM – Companhia de Trens Metropolitanos, na zona Sul de São Paulo.

Dados Operacionais

Extensão do trecho - 33 quilômetros
Funcionários - cerca de 1,5 mil funcionários diretos

Terminais - 9
Pontos de parada - 110
Quilometragem mensal - 1,3 milhão
Passageiros/mês - 7,5 milhões
Frota operacional - 260 veículos

O sistema Metra rendeu à empresa, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro lugar no ranking do IQT – Índice de Qualidade do Transporte, da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, gerenciadora dos sistemas de ônibus intermunicipais.