
O paraíso é aqui”, disse o italiano Américo Vespúcio ao encontrar o arquipélago de Fernando de Noronha. Distante a 360 quilômetros do continente, a reserva natural convive com dois dilemas: a necessidade de preservação permanente da sua fauna e flora e o uso de combustível fóssil para geração de energia elétrica. Neste cenário, o sol desponta como uma fonte de energia atrativa do ponto de vista econômico e ambiental. A fonte será convertida em eletricidade por meio de uma usina de geração solar fotovoltaica de 400 kWp ligada à rede elétrica, com operação prevista para início de 2014. O fornecimento completo da usina será feito pela WEG, vencedora da coleta de preços promovida pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), do grupo Neoenergia. A usina será instalada no Comando da Aeronáutica e abastecerá 4,6% do consumo total da ilha, o que representa uma economia de quase 10% do consumo anual de óleo diesel.
A usina faz parte do Programa de Eficiência Energética da Celpe regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizado em parceria com o Comando da Aeronáutica. A distância do continente inviabiliza o uso de energia através da rede central de distribuição, o que faz do sol uma fonte atrativa ao competir com o óleo diesel. O sistema isolado de geração com óleo diesel tem alto custo de logística e impacto no meio ambiente. A geração de energia eólica foi testada na ilha, porém a falta de estrutura portuária inviabiliza a instalação de grandes centrais. “Algumas pousadas já utilizam a energia solar para aquecimento de água, mas para geração de eletricidade esse projeto é pioneiro”, afirma a assessora de Eficiência Energética do Grupo Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas.
A geração de energia distribuída, próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora, ainda é nova no Brasil, incentivada pela Resolução Normativa Nº 482 de 2012 da Aneel, que estabelece o sistema de compensação de energia. “A instalação da usina solar fotovoltaica além dos efeitos benéficos ao meio ambiente, propicia a capacitação do capital humano nessa nova tecnologia e contribui para ampliar a instalação desse sistema de geração de energia no Brasil. A WEG, por exemplo, conta com o apoio técnico de uma empresa alemã”, assinala Mascarenhas.
De acordo com a assessora, um processo de coleta de preço está em andamento para instalação da segunda usina, que irá gerar 500 kWp, aguardando apenas autorização dos órgãos ambientais. O projeto terá o objetivo ainda de definir estratégias para o aproveitamento da energia renovável na ilha.
A VERSATILIDADE DAS SALAS ELÉTRICAS
Todos os equipamentos elétricos fornecidos são montados em salas elétricas, constituídos por estruturas metálicas modulares e transportáveis. Desenvolvidos de acordo com projetos específicos para cada aplicação, esses abrigos se apresentam com uma opção versátil ao dispensar construções de alvenaria e possibilitar a locomoção de todo o sistema de forma integrada.