A produção de lixo cresce seis vezes mais do que a população brasileira, segundo o último Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Isso sem contar a destinação final dos processos industriais. Agora, imagine uma tecnologia que aproveitasse parte desses resíduos como matéria-prima de outro produto. Imagine ainda que, além de transformar os detritos, essa inovação também protegesse as florestas por reduzir a demanda por madeiras.

Foi nessa ideia que a MG Plast, por meio da empresa vinculada EKT Ekologicwood Technologie, investiu. Ela detém a patente no Brasil de uma máquina que consome passivos ambientais para fabricar madeira biosintética, com o diferencial de reduzir significativamente o consumo de água por não precisar lavar a matéria-prima durante o processo. Em cada equipamento, 1500 toneladas mensais de materiais poluentes ganham novas funcionalidades como pisos industriais, decks de piscinas, mesas, pallets, escadas, entre outros. Localizada em Novo Hamburgo (RS), a MG Plast já forneceu a solução para clientes de Belo Horizonte, Porto Alegre e Argentina.

Mas foi um novo desafio que impulsionou a busca da MG Plast por parceiros que solucionassem as especificidades do projeto. “O nosso cliente fica nos Estados Unidos, em Nova Jersey, a trinta minutos de Nova Iorque. O grupo buscava uma tecnologia inovadora para produção em larga escala de laminados compostos ecologicamente corretos, visando atender um mercado de grande potencial no país e também no Canadá e na Coréia do Sul. Andaram pela Europa a procura de tal tecnologia, mas não a encontraram. Através de uma indicação, chegaram até nós e iniciamos contatos e negociações que culminaram no pedido”, explica Carlos Flister, diretor da MG Plast.

A escolha pelo parceiro que pudesse oferecer soluções globais e complementares, com assistência técnica nos Estados Unidos e renome internacional, fortalecendo a credibilidade do projeto, resultou no contato com a WEG.

Integração WEG e MG Plast

Para atender um projeto complexo, em que a linha de produção se estende por 100 metros, com uma potência instalada superior a 3.000 KW e numa região onde as temperaturas oscilam de 40º positivos a 30º negativos, a MG Plast e a WEG trabalharam de forma integrada durante todo o processo. Juntas, desenvolveram o sistema de automação e optaram pela utilização de inversores de frequência no acionamento dos motores principais – diferenciais que tornaram o equipamento mais robusto e inovador em relação aos fabricados anteriormente pela MG Plast. Todo o software de controle e supervisão do processo foi desenvolvido pela unidade Automação da WEG, o que possibilita o acesso remoto dos técnicos da empresa à máquina nos Estado Unidos.

“A máquina foi instalada num país de primeiro mundo, onde os quesitos segurança, automatização, produtividade e baixa manutenção são fundamentais. Além disso, quando oferecemos um projeto com tecnologia de ponta feito no Brasil, por ser um país que não tem tradição se comparados a outros, temos de provar que somos sérios, capazes e que aplicamos as normas de qualidade. Neste ponto, a WEG foi fundamental para nosso projeto, pois era capaz de nos oferecer desde aqueles motores convencionais a motores de porte e soluções complexas de comandos integrados”, destaca Flister.

O projeto envolveu as unidades Motores, Automação e Energia. Entre os principais diferenciais da madeira biosintética, além do apelo ecológico, estão alta resistência a impacto, impermeabilidade, imunidade a pragas e durabilidade. A máquina já está em plena operação nos Estados Unidos.

Escopo inovador
Para atender por completo este projeto desafiador, a WEG forneceu dezenas de motores e todo o sistema de automação. Muitas dessas soluções são lançamentos da WEG, com tecnologia robusta e compacta. Saiba quais foram os destaques do fornecimento.

- Unidade Motores
Motores elétricos linha W22 Plus
Os motores W22 Plus são motores de alta eficiência e possuem nível de rendimento similar ao Alto Rendimento Plus. A solução consegue aliar custo-benefício, redução do consumo de energia elétrica, baixos níveis de ruído e vibração e fácil manutenção.

- Unidade Automação
Inversor de Frequência CFW-11
É um acionamento de velocidade variável com tecnologia de última geração para motores de indução trifásicos. Apresenta excelente performance estática e dinâmica, controle preciso de torque, velocidade, posicionamento e alta capacidade de sobrecarga. Entre os benefícios estão economia de energia elétrica, aumento de produtividade e melhoria de qualidade nos processos onde é utilizado.

Soft-Starters SSW-07
São chaves de partida estática, destinadas à aceleração, desaceleração e proteção de motores de indução trifásicos. O controle da tensão aplicada ao motor, mediante ajuste do ângulo de disparo dos tiristores, permite obter partidas e paradas suaves. Com a adequação das variáveis, o torque produzido é ajustado à necessidade da carga, garantindo que a corrente solicitada seja a mínima necessária para a partida.

CLP L40 BOSCH
A série L40 de controladores programáveis foi desenvolvida para oferecer soluções para sistemas de controle de processos industriais de pequeno, médio e grande porte. Velocidade e capacidade de memória, aliada a um processador de alta performance, permitem variadas e complexas soluções em automação industrial.

- Unidade Energia
Motor de Indução Trifásico modelo WGM355
Refrigerados por manto d’água, a linha de motores foi desenvolvida para atender a demanda crescente por equipamentos compactos, silenciosos e de alta performance. A tecnologia de refrigeração a água garante maior dissipação térmica, ganhando mais potência por tamanho de carcaça quando comparados com os motores autoventilados. Essa solução foi projetada para trabalhar em ambientes com temperaturas rigorosas, como ocorre na região onde o motor está instalado.